O mundo prova-nos realmente que nunca o que parece é. O verdadeiro facilmente torna-se falso. O positivo igualmente passa rapidamente a negativo. Assim como o amor passa a ódio, a amizade a inimizade, o alegre a triste, o belo a feio e o jovem a velho. Assim como inúmeras outras coisas mudam.
Conhece-mos pessoas incríveis ao primeiro olhar que depois não passam de meras pessoas normais como conhecemos pessoas normais que tornam-se pessoas inesquecíveis. Pois bem, eu quero realmente hoje falar sobre isto, essencialmente duas pessoas que passaram pela minha vida recentemente e que eu tratei de maneiras diferentes e que percebi que afinal fiz bem em as tratar de maneiras distintas, apenas devia ter trocado uma com a outra.
Falarei primeiro daquela que já conheço a mais tempo, e aquém devo um enorme pedido de desculpas por tudo o que lhe fiz. Com ela errei, admito, fi-la sofrer imenso, talvez como nunca tenha feito a ninguém. Quando lhe dignei a contar tudo o que fiz pensei que jamais ela me voltaria a olhar na cara mas eu precisava de o fazer para me sentir de consciência tranquila. A primeira lição que aprendi surgiu aqui, ela não só voltou a olhar para mim como foi capaz de me perdoar e continuar minha amiga. Juro que nunca imaginaria tal reacção, eu aceitaria perfeitamente normal que ela me tivesse esquecido e nunca mais me falasse mas não! Ela escutou, digeriu e perdoou-me. Fez me ainda mais acreditar que tinha feito bem em contar-lhe e fez-me perceber que era uma grande pessoa. A ela, quero apenas mais uma vez pedir desculpa e desejar toda a sorte no mundo.
Agora falando sobre a pessoa que realmente me fez iniciar este texto. Realmente, não são poucas as vezes que as pessoas se arrependem de actos que cometem e contigo aconteceu isso mesmo. Arrependo-me de tudo o que te fiz. Conheci te a sensivelmente pouco tempo e rapidamente começamos a ficar muito próximos. Penso que até nunca me tenha aproximado de alguém tão depressa. O que é certo é que para mim eras especial, não digo que te amasse, nem nunca o direi, mas eras diferente, eu gostava de estar contigo. Partilhava-mos momentos, conversas, alegrias, tristezas, tudo. Fazias-me bem. Inclusive aquela tua prenda de anos fez-me muito bem. Mas foste capaz de me mostrar que não merecias nada disso. Se na rapariga acima eu arrependo-me do mal que fiz, aqui arrependo-me do bem que te fiz. Foste sem sombra de dúvidas uma das maiores desilusões que tive nos últimos tempos. Podias gostar de mim, podias não gostar de mim, nada explica a maneira como me deixaste de falar, como me começaste a desprezar, revelaste ser imatura e infantil. Dei-te tempo para pensares no que andavas a fazer, mesmo com as tuas atitudes não me esqueci dos teus anos e dei te a prenda assim como a carta que esperavas á tempos, fiz de tudo para voltares a ser quem eras. Enfim. Foi realmente tempo perdido. Percebi que contigo não vale mesmo a pena e que as crianças não conseguem afinal ser mais que isso, crianças. Desiludiste-me imenso.
Lembraste quando te disse: “Continua assim que perderás um grande amigo!” e tu respondeste: “Estás a ser parvo.” Eu digo-te. Grande amigo já perdeste. Até um dia.
Alexandre Silva 25/01/11
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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Quando comecei a ler o segundo parágrafo percebi onde este texto ia levar, exactamente àquilo que encontrei depois. "A Universidade dá cabo de nós" :) As pessoas têm muitas virtudes, em semelhança à não virtudes, e tudo isso faz crescer ou manter, e o que eu penso é o que tu sabes, e o que eu sei é o que sei.
ResponderExcluirEu estou no momento de introespecção, não fazia disto há algum tempo, na verdade, e sabe bem. Parece que tudo tem uma razão mas não há explicação para nada, e eu escrevo o que penso e como penso, e quando acaba eu digo: é mesmo isto :D
As saudades que eu tenho de uma boa introspecção, mas parece-me que não será tão depressa que a minha cabeça terá espaço para isso.
ResponderExcluirMas isso era para tudo estar perfeito ;)
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