A cada dia que passa reparo, ou sou forçado a reparar na grande falta de imparcialidade e sinceridade que abrange este mundo. Nem é preciso mencionar os lugares de topo, lugares da elite nacional, pois mesmo á minha frente surgem casos destes. Há algum tempo presenciei um caso destes, uma pessoa precisava de uma operação (digamos que de alguma urgência), e apenas com uma consulta a um médico no seu horário de privado conseguiu uma rápida agenda de dias para a sua operação no público. Mas este nem é dos casos que mais me afligem. O que mais me afecta é a grande imparcialidade que existe dentro das escolas. Pode até não se chamar de “cunhas”, e sim de “preferidos”, mas é deprimente, as situações a que tenho sido disposto. No caso uma, que tem vindo a acontecer já alguns anos numa determinada disciplina. Na ocasião quando entrei no sétimo ano, e desde aí até ao nono ano, foi sempre a única disciplina em que me sentia penalizado (1º período com um professor tive 5, e mal chegou essa determinada pessoa fiquei com 3). Enfim, fui sobrevivendo. Quando chegou o secundário, pensei eu, agora que isto já não é a brincar, serei igualmente tratado como os outros. Mais depressa pensasse nisso, mais depressa via um ano arruinado devido a um erro. Apesar do erro não ter sido intencional condicionou a minha nota final da disciplina, e não se justifica o facto não ter sido compensado por esse mesmo erro. Este ano, acreditando que tudo mudaria, tive no 1º período nos testes as notas 16.7 e 16.8. Talvez por ser um pouco ingénuo acreditei que o professor me daria o 17, já que era merecido e até pelo facto do que tinha acontecido no ano anterior. Não é o meu espanto quando chego á pauta e me vejo classificado de 16. Como seria de esperar, se era para ser literalmente roubado, preferia não gastar o meu tempo naquela disciplina, tendo terminado o segundo período com nota 15. Desta vez, decidi então tomar atenção ás notas das pessoas que julgava serem preferidas e não é que deparo mesmo com notas sobrevalorizadas? Que bonito! Chegava então o derradeiro período, precisava de ter nos testes média 16 para fechar o ano com 16 na disciplina o que me levaria a ir a exame com 16 (15+16/2=15.5). Realizado o primeiro teste, obtive a nota miserável de 13.8. “Ok, o 16 já era!”. Aproximava-se o segundo teste onde necessitava de uma nota acima de 17 para aparentemente ter o 16 seguro. Pensei nunca o conseguir mas, quando chego a casa e vejo a correcção deste, deparo-me com a possibilidade bem real de o ter. No dia seguinte em resposta a uma pergunta do professor: “ Eu acertei as escolhas múltiplas todas!” tendo este me felicitado (de uma maneira um pouco forçada). Quando, recebo a dita prova, olhei para a classificação e vi “16.8”, tendo me passado pela cabeça “mais uma vez não consegui”. Num rápido visionamento pela prova, o que vejo eu? Um erro na correcção! E em que pergunta? Sim acertaram, numa escolha múltipla. Após a obtenção de mais esses pontos fiquei então com uma classificação de 17.6 o que numa situação normal daria para o 16 mais que seguro. Ficarei agora a aguardar pelo bom senso da dita pessoa, ficando a promessa que desta vez não me calo!
Este tipo de situações são além de prejudiciais, marcantes, e esta desde já marcou o meu futuro, visto ter ganho um ódio enorme á disciplina, estando de longe fora dos meus planos para o 12º
Apenas mais um desabafo, que já algum tempo precisava de dizer.
Alexandre Silva 02/06/09
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